quinta-feira, 25 de maio de 2017

A VOZ DO TEMPO



Hoje é um dia de dança,
de luz,
de sol
E esperança.
Furtar-me ao bom dia de hoje
temerário seria.
Por isso, não vou.

Quero muita vida, sem tardança.
Nas esquinas da dor, driblar o imprestável.
Apenas o presente bastar-me-ia!
Liberdade quero.
Carinhos da paz,
ternura de alianças,
novo itinerário celebrar.
Até mesmo o insonhável,
ousar.

Quero beber o dia de hoje.
Tragar o intragável, tagarelar o silêncio
das horas.
Embriagar-me de promessas esotéricas, buriladas
no sagrado esmeril da fé.
Não quero o amor servil; quero-o
de pé.

Porque ontem agora não passa de uma frágil
pilastra
que a brisa da noite
ruiu.

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