Borboleta azul pousada
no dorso
do mundo
abre as asas e mergulha
fundo
na tarde aquecida
de sol.
Sorve gotas de vida
no vento liso do assombro
no assomo livre dos ombros voantes.
Seu peso leve se equilibra entre aromas
e circunstâncias.
Sua raiz, seiva de presença e abandono.
E a Borboleta azul − pousada
na tarde esquecida
de sol −
abre os olhos lacrimejantes
de Outono.
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