Imortalizo bem dentro de mim os sonhos bons,
as míticas alegrias.
E me farto das noites e dos dias
e me interno num largo contentamento.
Não esquece o meu pensamento as horas mágicas
em que me refugio, porque não o afetam
(tão misterioso!), os conscientes desvarios
que me dilatam para além do fim.
Limitar-me é colecionar repetitismos.
E isto é terrivelmente doloroso!
Não mais me limito porque abomino
paisagens repetidas, a mesmíssima lida.
Se nasci para me reproduzir
em muitas e muitas vidas.
(Livro “DE IMAGENS, PALAVRAS...SILÊNCIOS E OUTRAS LINGUAGENS)
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