Jamais alguém
me disse que tu existes
que tens uma
face
um sorriso
uma saudade.
Mas eu te sei.
Especial como
uma valsa de Strauss
− que penetra o
céu
e faz dos anjos
dançarinos do
amor.
Jamais alguém
me disse que tu vives
que tens uma
voz
um sentimento
uma verdade.
Mas eu te
sinto.
Requintado como
uma chuva de prata
− que se
entrega ao mar
e faz dos
peixes
dançarinos do
amor.
Jamais alguém
me disse que tu respiras
que tens um
coração
uma esperança
uma vontade.
Mas eu te
tenho.
Lapidado como
um diamante de luz
− que clareia o
imenso espaço
e faz dos
astros
dançarinos do
amor.
Jamais alguém
me disse que tu és
que tens um corpo
uma alma
uma identidade.
Mas eu te sou.
Caudaloso como
uma cascata de sangue
− que incendeia
as entranhas
e faz das
artérias
dançarinas do
amor.
Jamais alguém
me disse que estás em algum lugar
sem qualquer
pudor.
Que tens
alcance.
Mas eu te possuo.
E tu me bastas.
Real como um
sopro de vida tu deslizas em meu fôlego
e harmoniza
todos os meus passos
na dança sacra
do Afeto que nunca passa...
Porque em tempo
algum esse fogo se apaga!
Nenhum comentário:
Postar um comentário