A
lua despojada nos braços da noite
é
menina ausente
cor
de sonhos,
noiva
de duendes e gnomos.
Nua
aos beijos do vento,
é
mulher- semente nos versos azuis que componho.
Menina
e mulher no mesmo corpo grávido
de
frutescências.
Sagrado
no céu, seu doce assomo.
Acontecências.
Ao
mesmo tempo branca, ruiva, morena,
(tantas
descendências!) sua as dores do parto.
Espanta-se
de estar só na hora extrema
de
fazer nascer a luminosidade sobre a terra,
−
com a força de um Zeus −
numa
gigante lágrima de fogo e transparências,
rolando
cristal do olhar invisível
de
Deus.
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